Conheça nosso canal no youtube
Poucas pessoas sabem que Adam Smith escreveu trinta anos antes de "A riqueza das nações..." aquele que é apontado por alguns sua principal obra.
Smith é um filósofo que se preocupava com o logos da moral e nessa obra ele já assentava as bases para sua futura opus magnum.
Seu principal problema é tentar entender o que forma..., quais são os princípios formadores dos nossos juízos morais: "quando aprovamos algum caráter ou ação, os sentimentos que experimentamos derivam de quatro fontes, em alguns aspectos diferentes entre si. Primeiro, simpatizamos com os motivos do agente; segundo, participamos da gratidão dos que recebem o benefício de suas ações; terceiro, observamos que sua conduta obedeceu às regras gerais por meio das quais essas duas simpatias geralmente agem; e, por último, se consideramos tais ações como parte de um sistema de conduta que tende a promover a felicidade do indivíduo, ou da sociedade, então dessa utilidade poderá resultar certa beleza, não muito distinta da que atribuímos a qualquer máquina bem engendrada."
Ler a teoria dos sentimentos morais nos ajuda a entender o pensamento e a época que viveu quem melhor explicou os princípios relacionais e econômicos.
Vá aos clássicos. Passei a minha vida, certamente você também, ouvindo tradutores dos clássicos. Pessoas, as vezes porque leram uma obra de cometário sobre, costumam interpretar Platão, Aristóteles, Homero, Virgílio,....
Em 2021 decidi ir aos clássicos e tirar os intermediários do meio.
Nesse perscrutar de ideias e conhecimentos me encontrei com Santo Agostinho. Ao encontrá-lo me deparei com a seguinte realidade: eu o conhecia sem saber que sim. Deparei-me com o fato de que ele e outros forjou nosso pensamento, valores, fé, esperança,... apesar dos 16 séculos que nos separam me vi seu discípulo, seu continuador de suas lutas, de suas indagações. O que nos separa é apenas a luz de seu brilhantismo frente ao meu esforço visceral e limitação pessoal para entendê-lo para além das obviedades das letras.
Nele encontrei inspiração. Ele é intenso. Não tem "meia boca" com ele. Não tem subterfúgios e autoengano. Ele é superlativo na autocrítica e na critica, na fé e no ceticismo, na eloquência e na simplicidade.
Quando terminei de lê-lo apenas um único pensamento se resolvia dentro de mim: por que não o encontrei antes?
Esta obra de base literária, aborda questionamentos relacionados à pandemia mundial decorrente do Coronavírus e os impactos político e econômicos que esse vírus trouxe para o mundo. Sob o olhar de uma família confinada, o livro busca debater essas e outras questões a partir da vivência dessa família. Ao longo dos capítulos, a família Campos se depara com decisões importantes a serem tomadas, o desempenho do governo, inflação, desemprego, desafios comumente discutidos em tempos de COVID-19 não só pela família, mas por muitas outras ao redor do mundo, além de ter que lidar com os próprios dramas.
Uma Investigação sobre a Natureza e as Causas da Riqueza das Nações, mais conhecida simplesmente como A Riqueza das Nações, é a obra mais famosa de Adam Smith.
A Riqueza das Nações é uma leitura obrigatória para profissionais de economia e todos aqueles que querem entender as relações interpessoais que sustentam as "leis de mercado". Escrito e publicado numa era de ouro da história - foi contemporânea a guerra de independência americana, revolução industrial e pouco anterior a revolução francesa, mas já se sentia o húmus da revolução regicida.
O filósofo Adam Smith não parecia ter a pretensão de ter escrito um texto tão marcante, o mesmo é considerado a certidão de batismo das ciências econômicas, mas o fez. Parece trazer alume os conceitos que já eram discutidos naquela época, marcadamente pelos fisiocratas franceses e traz consigo sua maior contribuição: o significado do trabalho para o progresso. Acumular metais, balanças comerciais favoráveis, dentre outras concepções da época, são refutados um por um como objetivos e estratégias de enriquecimento para os povos: o trabalho é o motor e a razão material. Sua análise é, ainda que possamos perder de vista a certa altura da leitura, uma reflexão sobre filosofia moral e nela perscrutamos o século 18 com sua efervescência de ideias, valores e prosperidade.
Excelentes livros na trilogia. Escrita jornalística trazendo aquela sensação de que estamos lendo um jornal com as notícias atinentes à escravidão no século 18. Leitura fácil que permite que se conclua mais rapidamente que parece. Cada capítulo, dentre os 31, um tema que pode ser lido de forma independente, trazendo ainda maior sensação de redação de jornal. Traz consigo as antigas interpretações sobre o tema como a de Gilberto Freire contrastando com as novas interpretações, mais engajadas. Traz ainda as contradições humanas, claro, naquilo que nossa era permite e no espectro de grife atual. Aponta para as idiossincrasias que nos permite refletir sobre a nossa sociedade, a nossa espécie.
Acabei de acabar a leitura desse livro que tem uma proposta muito interessante. Trata-se de um esforço imaginativo de trazer Kafka ao Recife de 1924. Em sua experiência quase metafísica o célebre autor theco trabalha como tradutor e se relaciona com escritores e intelectuais pernambucanos daquela época como Gilberto Freire, Lins do Rego, Joaquim Cardozo e Joaquim Inojosa. Nessa experiência o viajante se depara com uma sociedade diferente da que ele conhece com suas idiossincrasias e conflitos entre o antigo e o moderno, entre a fé e a razão popular. Além disso, o leitor viaja por um Recife bucólico e efervescente como ainda o é.
Fouché foi genial e viveu os anos mais marcantes da política mundial. Sobreviveu e, ainda mais, rufou os tambores na revolução francesa, era napoleônica e pós napoleônica. Usou a quem quis e foiusado. Massacrou e foi massacrado. Foi enaltecido com glórias e riquezas e foi esquecido. Foi um verme, foi um gênio. O biógrafo é acusado por alguns de ser prolixo, para mim é um grande contador de história que nos leva aos detalhes e à grandeza da vida e da vida política.
Uma grande obra para quem deseja entender melhor a arte da política e como sobrevivem e são mortos aqueles que se lançam nessa vida.
Terminei de ler esta fantástica obra literária de Melchiades Montenegro. O autor teve a brilhante ideia de a partir de um evento histórico ficcionar a história de gêmeos que nasceram no dia anterior à Lei do ventre livre. O contexto em que somos envolvidos, o Brasil escravista, nos sensibiliza pensando em quanto sofrimento a humanidade vive e viveu, particularmente naquele período. Uma ficção escrita sob uma perspectiva dilacerantemente real. Uma obra marcante que recomendo àqueles que gostam de ler, que gostam de literatura, que gostam de perscrutar a história.